sábado, 1 de setembro de 2012

Série Streets of Rage - Parte 2


Série Streets of Rage – Parte 2



Bem vindo de volta “old schoolers” a coluna dedicada ao console perdido. Sei que tem um bom tempo desde o ultimo post, e se tratando de um post de duas partes fica bem chato ter que esperar por uma continuação, mas ela esta aí e é isso que importa. Mas tudo bem prometo que não ocorrerá mais e pretendo compensar. Vamos ao que interessa, retomando ao episódio dedicado ao Beat n’ Up.
Com o sucesso de seu game de luta a Capcom logo tratou de mover suas vistas de novo para sua serie beat’n up e logo chegou ao mercado o novíssimo Final Fight 2. Desta vez com um enredo todo diferente e com personagens novos: uma ninja cunhada de Guy e até um vulgo brasileiro conhecido como Carlos. Um jogo novo, mas tecnicamente sem muitas novidades, de mais significativa a participação especial de Chun-li. Com os ares ao seu favor, a Sega não podia deixar de a peteca cair.



Após um ano do fim do sindicato do crime, Axel Stone, Adam Hunter e Blaze Fielding, decidiram dar um novo rumo a suas vidas. Axel virou guarda-costas e Blaze agora trabalha como professora de dança (lambada). Porém Adam resolve se juntar a policia novamente e passa a morar numa pequena casa junto com seu irmão mais novo. Um dia, Axel recebe um telefonema do irmão de Adam: Eddie "Sakete/Sammy" Hunter (também conhecido como "molequinho de patins") dizendo que ao chegar em casa, havia encontrado ela toda revirada e seu irmão mais velho tinha desaparecido. O sumiço de Adam seria apenas o inicio do pesadelo, em poucos dias o sindicato do crime estava de volta as ruas, maior mais forte e com sede de vingança. Para enfrentar essa nova orda que contava com ninjas apelões e motoqueiros muito loucos, Axel contata seu amigo Max, sua gata Blaze e junto com o caçulinha Hunter, decide destruir o sindicato do crime, resgatar seu amigo e estabelecer a paz mais uma vez.

Streets of Rage 2



Como dito antes, Streets of Rage foi foda, mas o grande momento da serie estaria por vir no ano seguinte. Na maioria das vezes é difícil para uma continuação superar a primeira versão, principalmente tratando-se de Streets of Rage. Mas a Sega ergueu as mangas e deixou cair o suor verdadeiro de quem trabalha com o coração e isso tudo resultou no maior e melhor beat’ n Up para consoles domésticos de 16 Bits. Nascia o rei supremo da pancadaria, o jogo que enterrou de vez Final Fight e consagrou a série. Este jogo é Streets of Rage 2. Superando qualquer expectativa, Streets of Rage 2 conseguiu ser muito superior ao primeiro. Primeiramente: Os gráficos, O jogo foi totalmente redesenhado, cenários, personagens, objetos... Tudo foi feito dando valor a cada detalhe os sprites ficaram maiores e mais bem definidos, ganhando vários quadros de animação, por exemplo, agora existem três tipos de voadoras, o game superou muito os níveis vistos em um jogo de Mega Drive, na verdade foi o responsável por elevar o videogame a esse patamar, existem inimigos simples que parecem até chefões devido ao detalhe gasto neles. E se tratando de inimigos esqueça a memorização de interface dos capangas, porque agora eles possuem uma barra de energia.



A pancadaria não mais segue um padrão comum, começa nas ruas, mas você será levado (a) a parques, estádios, navios e florestas tropicais antes de chegar à base secreta do inimigo. Lembra quando disse que dos 3 tipos de voadoras? Pois é a jogabilidade foi aprimorada, agora existem muitos mais golpes disponíveis. Pessoalmente eu achei que perder aquela ajudinha da policia, tirou um pouco o charme do jogo, acredito que fosse o pequeno toque de realismo que o jogo tinha, mas “golpes especiais”, isso foi incrível! Cada personagem dispunha de dois (um em movimento e o outro parado) que serviam para muito mais do que simplesmente afastar os inimigos.



Quanto à trilha sonora? Bem... excelente para os padrões da época combinavam muito bem com os ambientes dos estágios e não sofriam de “repeteco” (uff!!! Abaixo ao repeteco), destaque para o remix da musica tema do jogo que toca na ultima fase do game. Os efeitos sonoros também ficaram maneiros, tanto que golpear um inimigo com um cano tornou-se um momento hilário pelo som da pancada! Mas ainda sim, o momento mais show é chagar a sala final de Mr. X e antes da batalha final, ter que enfrentar seu fodástico braço direito: Shiva (o ponto alto de qualquer filme brucutu, encarar o chinês fodão...)
Após salvar Adam, é só curtir o final do jogo, mais um... Memorável.





Streets of Rage 3

Depois que Streets of Rage 2 tornou-se o jogo consagrado pelos fãs de Mega Drive como o melhor beat’ n up de todos os tempos, a pergunta é, será que daria para melhorar algo que já achávamos perfeito????? Não! Mas valeu a tentativa.



Os criminosos ressurgem mais uma vez e erguem o Sindicato que por sua vez, espalha bombas pela cidade e ainda seqüestram o chefe da polícia para manter as autoridades longe de seus planos, representantes políticos também não foram poupados, e todos, acabaram sendo substituídos por andróides. As coisas pioram para Axel por levar toda a culpa
pelos acontecimentos. Sendo assim o herói é obrigado a deixar sua vida tranqüila de lado e atender ao pedido de Blaze, formando uma nova força tarefa para salvar a cidade...
Muita coisa melhorou em relação ao jogo anterior, uma jogabilidade mais fluida, personagens extras, retorno dos finais alternativos, novas habilidades como correr e esquivar... Mas ainda assim existem alguns aspectos para eu não considerar este o melhor episódio da trilogia.  Vou mostrar três.



*Primeiro: Já que salvamos o Adam no episódio anterior, porque ele não é um personagem selecionável? “Ocupado demais para ajudar” assim disse Blaze. Ocupado com o que? Se ele voltou a ser um policial, sua principal função não é colocar os vagabundos na conta do Papa? O que é mais importante do que atender aos apelos de uma gatinha? Pois é, os “bonsais” podiam esperar...



*Segundo: A política de moral e bons costumes americanos não estragavam somente animes naquela época, mas também os videogames e assim sendo eles proibiram a aparição do primeiro sub-boss do game: um alegre Ash, membro da tribo Village People (estava a caráter). Razões para proibição não faltaram, “como as crianças vão reagir a isso” ou “o que estão tentando ensinar aos nossos filhos” era o tipo de perguntas feitas pelos conservadores norte americanos da época. Que merda! você só curtiria SOR3 full, se adquirisse a versão japonesa do jogo, que também trazia sprites dos protagonista em cores diferentes da versão americana. (A versão japonesa trazia os personagens em suas cores tradicionais).



*Terceiro: WTF é aquela trilha sonora? REPETECO????? NAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAOOOOO, e pensar que Yuzo ainda assinou isso, tisc tisc tisc. O uso de um aparelho que cria musicas “automaticamente”, foi usada para compor a trilha do jogo, podiam ter-lhe lembrado que a boa musica vem do coração, mas isso não vem ao caso... A musica da primeira fase é a mesma do boss final. Ehhhhhh... nei sei como se procede.



Ok, mas independente de tudo isso, Streets of Rage 3 ainda é um jogo competente apesar de tudo e divertido de ser jogado, principalmente agora com os “slides shows” que aconteciam toda vez que você termina uma fase, eles contavam a historia, e um enredo elaborado melhorava a experiência.



Curiosidades ou não, sobre esse assunto ou não...



Rola na internet um fã game chamado “Streets of Rage Remake” que apesar de não ser oficialmente feito pela Sega, não perde nada para qualquer outro titulo da série. Isso porque, de fã para fã, obviamente o jogo só poderia contar com o melhor dos três games já lançados. O jogo consta com todos os personagens jogáveis já vistos e mais outros inéditos, varias fases com vários rumos diferentes para serem traçados pelo jogador, diversos extras como minigames de voleibol, cheats que variam desde sabres de luz, até corpos que explodem e o mais sensacional: Um engine para você criar sua própria versão de Streets of Rage. É ou não é um trabalho “profissa”? Pra quem curte SOR, vale à pena baixar!



O alegre Ash não foi o primeiro personagem barrado devido as sua orientação sexual. Em 1989 a bandida Poison Kiss que estreava no game Final Fight, teve sua biografia alterada quando o game chegou nos EUA. Tudo isso porque a política de moral e bons costumes americanos não aceitava uma “shemale” em um jogo de vídeo game naquela época, a galera só descobriu a verdade, porque jogadores aficionados adquiriram a versão japonesa do game, e esta contava com um “livro-encarte” que tinha biografia de cada personagem. Houve muita especulação sobre o motivo que teria feito a Capcom from USA adulterar sua personagem. No final a versão original venceu, a personagem chegou a fazer pequenas aparições na serie Street Fighter e conta até com um fã clube próprio. Poison também é personagem selecionável no novo cross-over peso pesado da Capcom: Street Fighter VS Tekken.



Streets of Rage foi adaptado para a literatura (???????), seu enredo foi consideravelmente modificado para uma trama mais sinistra que a vista no game, com direito a origens secretas, mutilações e... sexo, tudo em detalhes minuciosos. Provavelmente agradará mais quem é fã da série, mas não deixa de ser um romance policial interessante.
SOR marcou época e por muitos é considerado até hoje como o mestre do Beat n' Up. Caso você não tenha um Mega Drive, você pode encontrar os jogos da série, nas diversas compilações que foram lançadas pela Sega para os consoles de nova geração, uma delas é o "Sonic and Sega Genesis Collection" que esta disponível para PS3 e 360. Ou baixe um Rom para o emulador Gens que é distribuído gratuitamente na internet.
No mais, vlw por mais essa e não pisem no freio, já que no próximo post falaremos do mais tradicional jogo de corrida do Super Nintendo (você já sabe qual é?)
Até o próximo Old School !!!!


quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Série Streets of Rage - Parte 1


Notas:
Bem vindos de volta! Bem vindos a Old School a coluna que não traz nada de velho, apenas o que é clássico! Pois bem, volto minha face ao computador e me dedico a essa coluna, não que nada pudesse ser postado antes, mas não queria fazer um post corrido. A vontade de fazer um review legal, as mudanças de idéia de ultima hora (somado ao dia a dia corrido...) me fizeram demorar mais para este post, mas assim como eu me divirto escrevendo, espero que vocês também aproveitem e mandem sugestões sempre que quiserem!
Um chero!
NenoZero


Prefacio



A época entre o final dos anos 80 e ate a metade dos anos 90, foi marcada pela era do herói “brucutu” (macho jurubeba), Van Damme, Steven Seagal, Sir Chuck Norris são alguns exemplos de gente que adorava distribuir porrada. Heróis que aparentemente não sofriam de dramas sentimentais, carência profunda ou crises existenciais... tisc, tisc, tisc, Nahhh! Um bom enredo de herói brucutu não precisava de drama, o que importa é a ação, coisas explodindo e membros de algum grupo “separatista da esquerda social agressiva” (terrorista) voando pelos ares. Essa era a essência (sem esquecer as perseguições de carros, porque filmes de ação sem perseguições de carro são filmes incompletos). Não me interprete mal, gosto de cinema e dos mais variados tipos de filme, mas admito que adoro filmes brucutu até hoje, é clichê e a graça esta justamente aí.  Pense que o tio Swarzer teve que derrubar um país só pra salvar a filha dele, e não é em sentido literário não, o cara botou o lugar abaixo mesmo (também saltou de um avião em movimento e matou um cara do Village People). Era uma vez Val verde...




Essa testosterona não ficava só nos filmes (e na realidade), foi parar nos games também e nos anos 90 os jogos beat’n up (brawler) eram febre e podiam ser encontrados em qualquer árcade típico da época, em um ambiente propicio. Um boteco cheio de bêbados, marmanjos e pivetinhos (meu grupo), lugar ideal para curtir uma rodada de Cadillacs & Dinossaurs. Um jogo que fazia muito sucesso era “Final Fight” da Capcom, que posteriormente acabou convertido para o Super Nintendo, nos tirando dos botecos para continuar a pancadaria em casa, estava mais do que claro que a Sega não podia ficar parada e investiu legal numa trilogia grandiosa (não perfeita...), que é considera por muitos como a melhor do gênero de todos os tempos. Tenho meus interesses pessoais em Streets of Rage, mas não se pode negar a criatividade investida na pancadaria, sendo assim falemos de cada um de seus episódios...



Streets of Rage



“Esta cidade já foi um lugar feliz e tranqüilo... Até que um dia, uma poderosa organização criminosa tomou conta da cidade. Um sindicato cruel logo teve o controle do governo e até mesmo da policia. A cidade tornou-se um centro de violência e de criminalidade, onde ninguém está seguro. Em meio a essa turbulência, um grupo de jovens determinados jurou limpar a cidade. Entre eles estão Adam Hunter, Axel Stone e Blaze Fielding. Eles estão dispostos a arriscar qualquer coisa... até as suas vidas... no... Streets Of Rage”.



Esta é a chamada inicial do jogo, típico roteiro de um dos filmes do Van Damme, não é pra menos, afinal, a idéia do beat n’ up é justamente essa. Esta serie é uma das minhas favoritas da era 16 bits e a considero como “o segundo melhor jogo multiplayer da nossa infância”, de uma maneira mais reservada, não é como ISS, que você junta à galera toda pra jogar, esse game é mais bem curtido em dois. Como nas suas férias de Julho, onde você passava uma semana na casa de seu primo (a), ou vice-versa e além de frio, estava chovendo La fora, então vocês se agasalham, pegam um copo de Coca e liga o Mega Drive para curtir uma boa sessão de pancadaria. Sendo assim fica difícil falar sobre Streets of Rage em um post só e para não deixar uma coisa muito extensa ou cansativa, reparti o post em dois. Esta será somente a primeira parte



A sega mandou bem e o jogo não é uma simples cópia de Final Fight, pelo contrario, ele possuí identidade própria. Você pode notar pela fluência do jogo, por exemplo: quando você entra em contato com o inimigo, você não o arremessa para alguma direção logo de imediato. A partir do momento que você agarra o inimigo, fica disponível uma nova “paleta” de golpes que variam de cabeçadas, cotoveladas, joelhadas, pontapés no queixo, etc. dependendo do personagem que você escolhe. Mas o ponto alto disso é usar o corpo do inimigo como apoio para saltar sobre ele, uma vez em suas costas você executa o golpe que minha prima chama de “Racha Crânios” (se você conhece o nome real, por favor, me informe, eu gostaria muito de saber). Outro lance legal é os golpes em dupla, utilizando seu amigo como apoio pra salto ou arremessando ele, ao contrario também, e no mais ainda existe a possibilidade de cair em pé quando você for arremessado por um inimigo...  Mas se a coisa estiver bem barra pesada, ainda pode-se contar com uma pequena ajuda de um aliado da policia. Um ataque especial que acaba com todos os inimigos em cena, seja com um tiro de bazuca ou uma rajada de napalms... uff!



Por sua vez os inimigos não são tão facilmente repreendidos como parecem, muitos deles reage de maneiras diferentes a seus ataques, se agachando, recuando ou usando um golpe super inesperado como uma rasteira (e você achava que ele só iria te arremessar). Vale lembrar que alguns são muito pesados para serem carregados, como o boss da quarta fase, e vão cair em cima de você caso tente alguma manobra ousada. E já que um assunto liga a outro, os chefes desse primeiro episodio são simples brutamontes, que aparecem na mesma quantidade de jogares que estiverem em cena, com exceção dos clones malvados da “Mulher” (para alguns eram irmãs dela...) que vão sempre aparecer como dupla e vão te dar muito trabalho.



A jogabilidade de Streets of Rage é bem simples mais bastante variada, o que torna o jogo envolvente, mas... Não é essa a principal razão. Os louros vão mesmo para Yuzo Koshiro, que fez uma trilha sonora muito show, envolvente, e de ritmo ideal para o jogo. Sem cair naquele infeliz repeteco do game rival, onde você ouve a musica da segunda fase na quarta e a da terceira na quinta e as mesmas musicas acabam enchendo o saco. Cada fase tem uma musica exclusiva de acordo com a ambiente, destaque para as musicas da 3º fase, 5º fase e Chefe! Em minha opinião as melhores. Movidos a tudo isso você deve atravessar a zona do mercado, a periferia, praia, uma ponte em construção um navio que cruza o rio da cidade para enfim chegar ao quartel general do sindicato do crime. Ainda assim é preciso atravessá-lo inteiro e subir ao ultimo nível para ter acesso ao andar do poderoso chefão.  Após chegar à sala de Mr. X, o esperto vilão Após chegar à sala de Mr. X, o esperto vilão antes de qualquer coisa, resolve corromper os personagens oferecendo-lhes o posto de braço direito, uma posição respeitável no mundo do crime (essa foi uma idéia super original!). Agora, ou você da o braço a torcer e faz o BAD END, ou desse a porrada no vilão e finaliza o jogo com chave de ouro. No caso de estarem jogando em dupla e se os jogadores decidirem entrar para o lado negro da força, terão que disputar entre eles e quem vencer se tornará o então braço direito de Mr. X, ou pior caso aconteça uma divergência de idéias, cada um terá que defender seu ideal, nem que tenha que matar o seu companheiro de tantas lutas para isso.
Streets of Rage foi um jogo que marcou época para muitos fãs, mas o boom ainda estava por vir...
Continua...



segunda-feira, 6 de agosto de 2012

International Superstar Soccer


Prefácio.



"Allejo é Craque" tem 13 letras!!! Ernesto Rui Allejo nasceu em Campinas, interior do estado de São Paulo, começando a jogar ainda muito cedo sendo considerado um dos maiores jogadores de futebol que a Seleção Brasileira já teve!!!! Provavelmente o único que fez você juntar sua galera (em meados dos anos 90) reunir os trocadinhos que cada um tinha, e alugar o cartucho do Internacional Superstar Soccer. Allejo era tão craque que, podia passar facilmente pelos seus adversários, motivar seus colegas de equipe e com eles ganhar a International Cup e a World Series no mesmo dia. Pois é, se você duvida confira aqui: http://youtu.be/QRPf4gNWbIg



 Naquela época era quase injusto montar um campeonato, porque qualquer time que tivesse o eterno camisa sete em sua escalação era favorito. Não que ele fosse imparável, mas poucos se comparam a sua maestria, o colombiano Murillo, o goleiro mexicano Leone e o argentino Redonda eram uns dos poucos que chegavam ao mesmo nível (parecido) que o craque, mas sem companheiros a altura, era quase que indiferente. Os especialistas diziam que o nível de qualidade dos jogadores da seleção brasileira daquela época era tão alto que eles poderiam marcar gols de muitas maneiras. O jeito então e decidir no 2 ou 1 quem jogava com o Brasil e os demais iam se virando como podiam... a não ser que em seu grupo existisse um “café com leite” (tipo o dono do videogame...) sortudo para praticamente herdar a canarinho, e você só ficar ali em agonia, sem poder fazer nenhum gesto, vendo todo aquele talento desperdiçado. Era uma época dourada que sem duvida vai deixar muitas saudades, mas que felizmente você pode revivê-las sempre que quiser e de maneiras diferentes. Hoje, já fora dos gramados, Allejo leva uma vida mais tranquila e sedentária, mas onde quer que passe é sempre agraciado pelos fãs como o herói que ele é, com os bordões que melhor marcaram sua carreira:
-Yessss!!!!! Goooooooooooooooooooooooooooaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaallll!!!!!!
-Cabeçadaaa! GOOOOOLLL!!! Rrrrepetçáo 



Internacional Superstar Soccer (e ISS Deluxe)



Um dos maiores clássicos dos anos 90, conhecido por onze entre dez gamers que adoram um bom jogo de futebol. Numa época onde a Eletronic Arts tinha direitos sobre a única franquia esportiva da categoria, a japonesa Konami, arregaçou as mangas e literalmente virou a mesa ganhando todos os holofotes da época. A empresa nipônica desenvolve videogames esportivos desde os anos 80. O primeiros:Konami Soccer (MSX/1985) e Konami Hyper Soccer (NES/1991),tiveram um sucesso limitado na terra do sol nascente e pouco atraiu a atenção do publico global. Somente em 1994 a Konami tomou coragem e lançou o Jikkyou World Soccer: Perfect Eleven, um game que até então trazia detalhes não esperados pra um jogo de 16 bits.



Os jogadores tinham um tipo de cabelo e uma tonalidade de peles diferentes, detalhe até então não visto no game rival FIFA. Um numero correspondente também aparecia na camisa de cada jogador. Infelizmente (ou felizmente), a Konami não tinha a licença dos jogadores, então seus nomes foram inspirados nos atletas que atuaram na Copa do Mundo de 1994. Outra inovação foram os lances narrados, que eram poucos, mas para qualquer um, fazia muita diferença. O jogo vendeu tanto no Japão que Konami ficou motivada e lançou o game no ocidente com o nome de International Superstar Soccer.
O game trazia o clássico modo amistoso (Open Game), um torneio de chaveamento similar a Copa do Mundo da FIFA (International Cup, dãã), Um campeonato em pontos corridos (World Series) e até um modo só para disputa de cobranças de pênalti. O destaque ficava para o modo se  “Scenario” inspirado em jogos de estratégia e simulação da época, em que é necessário superar condições adversas para conseguir a vitória, uma boa maneira de se entreter sozinho, mas ISS fez historia devido ao  modo multiplayer.



Antes de cada jogo, é possível fazer alterações diversas na escalação (cada equipe dispunha de 5 reservas), Pode-se definir a intenção de cada seção no campo (Defesa, Meio de Campo e Ataque) para uma postura mais agressiva ou não, o que causava efeito significante dependendo da estratégia natural do seu time. E claro você pode também escolher a estrategia de jogo (todos no ataque, todos na defesa, contra-ataque, etc.) potência lizando o espirito da equipe. Evidentemente um ponto fraco, é que cada jogador tinha que fazer suas alterações “um de cada vez”. Lembram-se daquele carinha café com leite que citei no prefácio? Pois é... haja paciência velho, a indecisão atacava forte, na época parecia “frescura na chóla” (xóla), hoje já acredito que se tratava apenas de um jogo psicológico antes da partida. Só os cafés com leite abusavam dessa tática, desnecessária, uma vez que tendo Allejo no seu elenco, a estratégia torna-se obsoleta.



Viu só? Ah! Você também podia configurar de maneira simples as cores do uniforme do seu time, da maneira que você quisesse usando o clássico modo de cores RGB. Sendo assim adicione mais uns minutos ao joguete psicológico do nosso amado “pingado”
International Superstar Soccer Deluxe



Uma versão melhorada do jogo anterior. Essa sequência inclui um número maior de seleções, novas animações, uma jogabilidade mais fluida e novos detalhes, tais como uniformes semelhantes aos reais, seis estádios diferentes e a presença dos auxiliares em campo. Embora as vendagens tenham sido mais tímidas no Japão (160 mil cópias), o jogo figurou entre os mais vendidos na Europa por vários meses. O mesmo fez tanto sucesso no Brasil que acabou ganhando uma versão totalmente modificada (pirata) conhecida como Futebol Brasileiro 96 e também uma versão mais luxo com os 24 clubes do Campeonato Brasileiro de 1997 e 6 clubes da Taça Libertadores, o jogo ficou conhecido como Ronaldinho Soccer.



Atualmente, os jogos da série Pro Evolution Soccer (Winning Eleven no Japão) continuam sendo alvos de modificações semelhantes até os dias de hoje, apesar dos esforços da Konami para impedir que versões alteradas de seus jogos sejam criadas e comercializadas.
No mais o que posso dizer é que ISS e ISSD fizeram época e marcaram uma geração de fanáticos. O game até hoje é desfrutado por muita gente, aumentado sua popularidade até entre os mais jovens que não viveram a 4º geração dos consoles de mesa e considerado por muitos como o antecessor carismático de Pro Evolution Soccer. Resta saber de Allejo, o velho lobo ainda colhe frutos de sua fama...



domingo, 29 de julho de 2012

Ayrton Senna's Super Monaco GP 2


Prefácio

Olá! bem vindos de volta e aproveitamos mais um encontro aqui na coluna Old School. 
Então tá Neno, como você foi se interessar por games afinal? Simples: Trilhas Sonoras!
Em toda forma de entretenimento que procurava quando criança tinha que vir acompanhada por uma musica de fundo, até mesmo para jogar War (tente TNT do AC/DC), os adversários diziam que era uma tática para atrapalhá-los, mas na verdade era só para entrar no clima. E nem lhes digo como eu li “O Senhor dos Anéis”. Sendo assim, o que cativou a pegar um joystick e ficar de frente para a TV, foi aquela musiqueta contagiante do Super Mario Bros (Taram Tam, taram tam tam!), e como não se empolgar com o tema principal Metroid? Ou Zelda? Loucura ou não, são estas as primeiras lembranças que tenho desses games e por elas guardo as boas recordações daquela era de ouro.



Ayrton Senna’s Super Monaco GP 2

            Com o ano rolando, em pleno campeonato de F1 rolando, porque não aproveitar essa temática pra falar do maior ídolo desse esporte, ou melhor, do jogo dele. Uma das boas lembranças deixadas por esse herói.


Em 1991 a Tec Toy (licenciadora dos produtos da Sega aqui no Brasil) fez uma proposta para um jogo do piloto brasileiro e sendo ele um ídolo também no Japão, não foi surpresa a Sega se animar com a idéia. Tornando o jogo uma continuação do Super Monaco GP (1989/1990). Senna ficou a cargo de dar opiniões a respeito dos elementos do jogo: reações do carro, visão do cockpit, mostradores de tela, etc... Mas principalmente emprestando sua voz ao jogo. O campeão fez descrições das pistas, sobre pontos de ultrapassagem e particularidades, mas infelizmente a tecnologia da época não permitiu que todas suas falas fossem utilizadas, dando lugar a apenas algumas expressões simples como: “GO!” e “Final Lap”. Os comentários então foram substituídos por textos que aparecem em janelas no decorrer do jogo.
“Neste ano que virá, nós competiremos em 16 desafiantes corridas com o objetivo de se tornar o campeão do mundo”
Ayrton Senna em Ayrton’s Senna Super Monaco GP 2
            O game tem três modos de jogo:


“Senna GP” é típico modo Quick Play, onde você pode enfrentar desafios em 3 pistas diferentes. Duas delas desenhadas pelo próprio Senna e a ultima uma reprodução de sua pista de kart localizada em Tatuí.


“Free Pratice” é como o nome já diz um modo para praticar em uma das 16 pistas que faziam parte do calendário da Formula 1 daquele ano, e


“World Championship” o modo carreira subdividido em 2 níveis.
*Beginner – para jogadores casuais, dispõe de pouca dificuldade e suas corridas duram menos (3 voltas), tendo uma competição baseada somente no nível dos pilotos, sem considerar as equipes, sendo sua maquina um pouco melhor que a dos seus adversários. Sem muitas variáveis...
*Master – modo mais hardcore, bem parecido com os simuladores atuais. Onde você exerce o papel de piloto novato e Senna é o grande rival a ser batido.
Mas pera lá, o caminho não é nada fácil. Você deve começar de uma equipe pequena e bem fraca e partir daí criar boa reputação para atrair a atenção de equipes melhores e estas oferecerem um contrato a você. Para quem sabe garantir seu lugar ao sol! (oh!). Uma boa maneira de fazer isso é escolhendo um rival, que se for derrotado duas vezes consecutivas, você tomará o lugar dele na equipe. Contudo deve-se lembrar, como eu já havia comentado antes, o game foi supervisionado por Senna, então todos os elementos imprevisíveis encontrados na corrida (com as limitações do Mega Drive é claro!) estarão presentes no jogo, exigindo de você não só um bom carro, mas também pericia e habilidade para decorar os pontos de frenagem e de ultrapassagem, o menor erro te joga de frente ao muro de pneus.


 Infelizmente a Sega não dispunha de toda a licença oficial da F1, então pilotos e equipes tinham nomes fictícios. M. Blume no jogo faz o papel de Michael Schumacher, Firenze é o nome fictício da Ferrari e Bestowal o da Benneton. Este rapaz aí abaixo é ninguém menos que o sósia de Nigel Mansell e sua poderosa Willians.



Mesmo não tendo um modo multiplayer e o meu atrativo pessoal, a trilha sonora, ser inferior ao do game sucessor, ASSMGP2 foi um sucesso de vendas rendendo aproximadamente US$30 milhões a Sega, fazendo o jogo ser convertido para o Master System e Game Gear (com qualidades bem inferiores ao do Mega Drive, mas ainda assim jogos competentes). O jogo é um dos títulos mais carismáticos da era 16-bit e definitivamente uma ótima lembrança do maior piloto de todos os tempos.

The Old School



Ola! e bem-vindos a Old School, o blog que não possui nada de antigo, apenas o que é clássico.
Provavelmente esse é só mais um daqueles momentos onde eu me pego escrevendo sobre coisas de que gosto num blog recém criado com a simples intenção de tentar causar algum significado, pelo menos em alguém. 


Games são umas de minhas paixões e apesar de adorar todos os recursos que os novos consoles oferecem, nao consigo (ou melhor, me recuso) a deixar de apreciar a simplicidade daqueles consoles que já fizeram os nossos fins de semana. Quem que nunca gostou de reunir a galera pra fazer um campeonato de International Superstar Soccer? Ou mesmo zerar o tao popular Top Gear no meio das ferias de julho? É uma viagem eu sei, mas por mais doido ou irrelevante que  pareça, esses momentos foram ótimos e com certeza fizeram a infância de cada um.


Antes de mais nada, só queria deixar claro que este não um blog especializado em dissecar um jogo ou fazer uma analise mega foda de um título qualquer. Não, a ideia aqui é somente dividir a experiência , aquela alegria da jogabilidade, a risada de algumas das bobagens sempre presentes e porque não dizer a frustração de vários continues perdidos. Seja por mim ou por qualquer um que se sinta a vontade de publicar aquilo que gosta. 


Não sou bom em presentações e nem quero continuar com esta aqui, no mais, quero reforçar que sintam-se livres para poder avaliar ou criticar, e por favor, não vandalizem. Se o produto não lhe interessa, simplesmente o ignore e continue com sua vida. É isso ai, e mais uma vez, sejam bem-vindos a Old School e até o próximo post!